Wednesday, May 30, 2007

Pratyabhijñâhrdayam versificado (traduzido)





Homenagem a Shiva
O que performa continuamente os 5 actos,
O que faz surgir as derradeiras evidências,
Emergência homogénia de prazer e consciência.
A consciência é livre
É a causa do mundo,
É liberdade e aquele que conhece
É a realização.
Dela nasce o mundo
Do seu fundo, pelo seu desejo
Diferenciando sujeito e objecto diversamente
Segundo multiplas formas.
A diversidade do mundo existe
Em virtude das diferenciações do objecto,
Ele une-se nessa diversidade
No alto e no baixo, de inumeros modos.
Embora a consciencia seja o Divino
Ela torna-se Atman quando se contrai.
Os sábios sabem que a forma do mundo
É como uma àrvore na sua semente.
A consciência é a nossa essência
Absolutamente pura e limpida.
O Atman, quando desapegado do que limita
É a consciência.
Voltada para os objectos
A consciência descansa no Atman.
Os sábios dizem que a consciência devem Atman
Quando a contração se torna dominante.
O sujeito ilusório é o ser incarnado.
Ele recebe a sua existência dessa consciência.
Ele apega-se às coisas
Privado do discernimento justo.
E o Um parece múltiplo.
Por causa dos aspectos e das qualidades como a ligeireza.
Surgem os 7 tipos de sujeitos conhecentes
Assim como os 36 tattvas.
Um, omnipresente,
O divino é pura consciência.
Essa é a libertação, evidente
Pelo perfeito conhecimento da subjectividade.
Conhecido como sendo os 7 sujeitos conhecentes
E os 36 tattvas
O grande Senhor procura
Essa fortuna que é a libertação.
Serguramente, as doutrinas não passam
De personagens (representados) por ele, segundo seu desejo,
Como personagens ficiticias
Assumidas por um actor.
Da mesma forma, o Si imenso,
Que é felicidade e consciência
É alimientado pelo seu próprio desejo.
Ele assume diferentes pontos de vista devido à sua plenitude.
O Si estende-se na manifestação do divertimento
Do gozo e da consciência.
O Atman macula-se no Samsara
Porque está contraído pelos seus próprios poderes.
«Sou imperfeito», assim se suja
Por multiplas máculas
- de finitude, relativa à Ilusão e aos actos –
Quando ela é o Soberano vigilante dos mundos.
Identicamente, o Soberano
Efectua os cinco actos
Da mesma forma que o Si (limitado) o faz
Abandonado pelos seus próprios poderes.
O senhor dos Poderes é famoso
Entre os seus adeptos
Graças à expansão do Poder.
A criatura transmigrante é contraída devido à contração do Poder.
Uma vez que, seja qual for a forma da Ilusão
Que ele deseje ver
Temos que saber que é uma criação do Si.
Julga-se que o Poder é subsistência.
Julga-se que a Deusa
Tendo reabsorvido o Samsara
O retoma na unidade da consciência.
A ocultação dessa essência é o encobrimento.
Assim, o processo
Do quintuplo jorrar é sempre próximo.
Conhecido, ele é como jóia que atiça os desejos.
Se desconhecido, é como a madeira na lama.
Quem o cultiva continuamente
Pela força de uma correcta tomada de consciencia
Livra-se de todas as amarras.
Torna-se permanente desfruto.
Quando o fogo da consciência devorante
É bem acordado,
Esse fogo imaculado
Consome todo o conhecido.
O yogui unido à sua força
Possui os signos do Nirvana.
Com segurança ele atinge sem demora
O limpo dominio.
Ainda que o fogo da consciência tenha sido obtido
Aparece no entanto o universo que é consciência.
Essa manifestação da ambrosia do desfruto de Si
Revela-se ao exterior.
E isso mesmo, cristalizando-se
Surge sob a forma de fenomenos.
Shiva, o grande senhor que é o nosso Si,
O soberano supremo, diverte-se.
O que continuamente vê isso
Liberta-se, num instante
Ele liberta a totalidade das criaturas
Das amarras do horrível Samsara.
«Aquele que possui a força da felicidade
Mantem-se no dominio da sua própria essência»:
Deste modo, aquele para quem
O brilho da alegria surgiu,
Que reposa na sua essência
Chega a esse estado mesmo após o samadhi.
Em virtude da essência da sua preserverança
Ele é solicitado pelas criaturas.
A felicidade da consciência desponta
Pela expansão do dominio do coração.
Quando emerge, a visão divina,
Também surge em forma de conhecimento.
Imaculada, luminosa, pura,
Felicidade eterna, suprema,
Sem chegar a cortar o cordão umbilical,
A visão que é conhecimento propaga-se.
O poderoso método
Para propagar o coração
É multiplo:
Aniquilamento de vikalpas, propagação, contração, etc.
É pensando em nada
Que se aniquilam os vikalpas.
Quando a consciência desperta
A Shakti que emerge apodera-se do manifesto.
Tendo-se deles apoderado
Vislumbramos o fluir divino.
É esta contração da Shakti
Que é ensinada pelos partidários passivos do Brahman.
A absorsão no nâda e no bindu,
O repouso das extremidades iniciais e finais,etc.;
Apoderar-se da repulsa e da cólera,
Do mêdo e da incerteza:
Assim se ensina, ó deusa,
O que faz alastrar o centro.
Se ele se desenvolve, é em poucos dias
Que atingirá o dominio supremo.
Aquele que cultiva
As impressões do samadhi interior
Sem impurezas, toma cada vez mais consciência
Pela mera força da correcta tomada de consciência.
A sua essência revelar-se-á inteiramente,
Mesmo depois do samadhi.
Esse yogui que se instala no despertar
É para sempre feliz.
A consciência do yogui
Projecta-se perfeitamente.
Ela é a subjectividade perfeita
Feita de luz, ela é a vitalidade dos mantras.
Nela se divertindo
O yogui habita no dominio do Senhor dos Mantras.
Entregando-se a isso, ele diverte-se enquanto Soberano
Alimentado pelas Shaktis.
Assim a liberdade do mestre dos mundos, ubiqua
Possui multiplos aspectos,
Existe polifórmicamente.
Ela é uma governação indivisa.
«Ele é sem-segundo»:
Esta é, diz-se, a alta ambrosia que é o conhecimento.
Aquele que a bebe
Neutraliza esse poderoso veneno que é o Samsára.
Este método para tornar a consciência evidente
Destina-se a oferecer Shiva aos magnanimes.

Este ensinamenrto completamente imaculado.
Extraído do oceano da consciência perfeita
É da autoria de Kshemarája.