Friday, March 23, 2007

yogash citta-vrtti-nirodah





O termo yoga define-se suficientemente a si próprio - este segundo versículo dos yoga sutra, diz, através da definição òbvia de yoga (soma, união, etc.) o que é que citta-vrtti-nirodah quer dizer, isto é, um termo composto por três palavras, que estão somadas, ligadas, juntas, em interacção, e não uma palavra «nirodha» que domestica as outras.

É o que a gramática nos indica, através de uma única declinação no nominativo desse termo «uno e trino». Como é que uma noção «aumentativa» se faz passar por algo apenas «redutor»? É estranho! Yoga é assim a interacção entre três termos suficientemente ricos que o autor descriminará seguidamente um a um, como se tratassem dos três gunas do samkhya.

O horror aos aspectos supostamente nicivos dos vrtti fez com que estes, numa interpretação superficial fossem encarados como nocivos. O texto desmente constantemente esta hipótese. Os vrtti, por mais geradores de ilusão que sejam são também instrumentos e suporte de uma prática cuja direcção é somar e unir com vista ao samadhi e não reduzir e separar.







É certo que o primeiro versiculo (atha yoga anushasanam) também é explicito ao declarar aberta a sessão e exigir uma perpétua concentração no «agora» e na prática, o que


Yoga é a soma-ligação destas «partes», através da extrema e sátvica consciência de citta, através do rajásico e agitado suporte oferecido ao seguirmos (e aderirmos aos) fluxos ou vrtti, através da tamásica capacidade de reter, aprisionar e imobilizar de nirodha.

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